Em complemento ao post anterior, traduzimos o ótimo artigo FreeBSD: The rock. "O artigo FreeBSD: The rock (original em inglês), é o quarto de uma série de artigos que visam a apresentação de alternativas de como sistemas operacionais, e neste, o FreeBSD é apresentado como uma alternativa altamente indicada para quem deseja um sistema sólido e estável, em comparação diz que tem todos os pontos positivos do Linux agregados a alguns pontos positivos exclusivos do FreeBSD ou de sistemas de linhagem BSD, que para usuários avançados é uma alternativa mais adequada até mesmo ao Linux. Indica como desvantagem a menor facilidade na instalação tanto do sistema quanto de aplicativas, mas ilustra que para não-leigos isso não é um problema, na verdade, apenas um conforto a menos, muitas vezes dispensável." Fique por dentro e confira porque o FreeBSD é conhecido como "A Rocha"! Os meus agradecimentos ao Filipe Colaço, economista e entusiasta do FreeBSD, pela contribuição com a tradução deste artigo. Valeu Filipe!
Hoje, vamos olhar o último sistema operacional da nossa série de sistemas operacionais alternativos. FreeBSD é um sistema operacional livre, similar ao UNIX, que descende do AT&T UNIX via BSD (Berkeley Software Distribution). Ele roda praticamente em quase toda arquitetura de hardware conhecida, incluindo Microsoft Xbox, e vem sendo chamado de “o gigante desconhecido dentre os sistemas operacionais gratuitos.” Ele é geralmente reconhecido como sendo robusto, o que originou o apelido de “a rocha.” Mas o que faz este sistema operacional ser tão resistente? De maneira simples, isso está ligado ao fato de que ele é uma variação do UNIX. Qualquer um familiarizado com UNIX sabe que esse sistema operacional é provavelmente o mais confiável e robusto jamais criado. Isso pode ser afirmado baseado no fato de que muitas grandes corporações e instituições de negócios, incluindo entidades de pesquisa cientifica, utilizam alguma variação do UNIX, sendo a mais comum para seus servidores o FreeBSD. De fato, em um dado momento, houve um boato de que os servidores da Microsft estavam rodando FreeBSD. Bill Gates negou isso várias vezes. De qualquer forma, o importante é que o FreeBSD pode rodar por longos períodos sem reiniciar. Se você tentar isso com um S.O. baseando em Windows, eu garanto a você que a maquina irá travar varias vezes. Existe um problema com os sistemas operacionais baseados em Windows que causa instabilidade nos sistemas quando ligados por muito tempo (com grande Uptime). Contrastando com isso, o FreeBSD é um sistema operacional livre com maior numero de aparições na lista da Netcraft de servidores com maior tempo de Uptime. Um longo tempo de Uptime também significa que o sistema não travou e nenhuma atualização de Kernel foram julgadas necessárias, visto que, a instalação de um novo kernel requer uma reinicialização e reinicia o contador de uptime. O desenvolvimento do FreeBSD começou oficialmente em 1993 e cresceu rápido a partir daí. A primeira versão oficial foi a FreeBSD 1.0 em Dezembro de 1993, coordenada por Jordan Hubbard, Nate Williams e Rod Grimes, com um nome pensado por David Greenman. Na época que foi escrito, os desenvolvedores mantem pelo menos duas frentes de desenvolvimento. Uma versão estável do FreeBSD é criada para cada versão importante, isto é, para cada mudança de numero, de onde novos releases são lançados a cada 4 a 6 meses. Se alguma nova característica esta suficientemente estável e amadurecida, provavelmente será portado para a ramificação da versão estável. FreeBSD proporciona compatibilidade binária com vários outros sistemas operacionais UNIX-Like, incluindo Linux. A maioria dos programas em Linux pode ser executada no FreeBSD, incluindo alguns aplicativos comerciais distribuídos somente na forma binária. Programas que usam a camada de compatibiladade com Linux incluem, StarOffice, a versão Linux do Firefox, Adobe Acrobat, RealPlayer, Oracle, Mathematica, Matlab, WordPerfect, Skype, Doom 3 e Quake 4. Nenhuma perda de performance nos programas nativos do FreeBSD pode ser notada enquanto rodando os programas binários do Linux e, em alguns casos, eles ate rodaram melhores do se estivessem rodando em Linux. De qualquer forma essa camada não é perfeita e alguns programas binários de Linux não conseguem rodar no FreeBSD ou possuem limitações de uso. Isso normalmente pode ser explicado devido a camada de compatibilidade suportar apenas chamadas de sistema disponíveis no kernel histórico do Linux 2.4.2, mas esta em andamento suporte para o Linux 2.6. Uma grande variedade de produtos estão direta ou indiretamente baseadas no FreeBSD. Esses produtos vão desde instalados em produtos como os roteadores da Juniper Networks, dispositivos eletrônicos de segurança da Ironport, o firewall de segurança da Nokia, NetApp’s OnTap GX, Panasas’s and Isilo System’s cluster storage operating systems, NetASQ security appliances, St. Bernard iPrism web filtering appliances, até partes de outros sistemas operacionais incluindo o Linux. Darwin, o núcleo do Mac OS X da Apple pegou muita coisa emprestada com o FreeBSD, incluindo seu sistema de arquivo virtual, pilha de rede e componentes do userspace. A Apple continua a acrescentar novas linha de código vindas do FreeBSD e a acrescentar novas no próprio FreeBSD. O agora extinto projeto OpenDarwin, que era baseado no S.O. Darwin da Apple, também incluía uma quantidade substancial de linhas de código do FreeBSD. Alem disso, existem outros S.O.s que também pegaram códigos com ele como o PC-BSD e DesktopBSD, que possuem melhorias focadas nos usuários domésticos e estações de trabalho, FreeSBIE e o Frenzy live CD, m0n0wall e pfSense firewall, FreeNAS network attached storage e DragonFly BSD, um fork do FreeBSD 4.8 dirigido para uma estratégia diferente para sistemas multi-processados, baseado no FreeBSD 5 desenvolvido com algumas características de microkernel. Uma estacao de trabalho com FreeBSD nao difere muito do que encontrariamos numa estacao com Linux. Podemos afirmar isso pois o FreeBSD é um sistema operacional e não a GUI. As GUIs que funcionam no Linux são em geral as mesmas que são usadas nos sistemas BSD. Essas podem ser: Gnome, KDE, Elightenment, FluxBox e muitas outras. Alem disso, muitas tarefas do dia-a-dia podem ser realizadas fácil e perfeitamente no FreeBSD. Podemos citar a edição de texto com o OpenOffice como um exemplo. Esse software é muito impressionante pois tem tantas ferramentas e funções quanto o Microsoft Office. E você pode abrir documentos do MSOffice no OpenOffice, mas não consegue o contrario. Então temos os GIMP. Este software é o equivalente do Photoshop para FreeBSD e Linux. Porém, ele é mais.
Apesar do Photoshop ter sido criado principalmente para criar, editar e manipular fotos, o GIMP e um completo sistema para manipulação de imagens. Ele pode criar, editar e manipular fotos e animações. Um pequeno fato sobre isso: No filme Titanic, todo o trabalho gráfico, incluindo a cena onde o navio afunda, foi criada usando GIMP. Na há software proprietário equivalente, daí os produtores terem escolhido o GIMP. Assim como no Linux, um bom conhecimento da linha de commando é extremamento útil no FreeBSD. Os comandos são em geral os mesmos, visto que os dois sistemas usam o shell Bash (No FreeBSD o shell padrão é o TCSH). Isso cria uma curva de aprendizado suave quando alguém varia entre Linux e FreeBSD. Deve ser ressaltado, no entanto, que a curva de aprendizado de alguem vindo do ambiente Windows é muito acentuada. Apenas lembre de uma coisa: aprender nunca é em vão. Finalmente, na area de seguranca o FreeBSD fica bem alto no ranking. Assim como o Linux, o Mac OS X e o BeOS, não existem vírus conhecidos para o FreeBSD. Isso o torna especialmente útil para os usuários vindos de um ambiente Windows. Irmãos e irmãs, bem vindos ao Paraíso. Não existem vírus e Firewalls são mais comuns que dias quentes no verão. Popups também não fazem parte do Firefox. Utopia? Não. Existem algumas desvantagens no FreeBSD. A instalacao pode se tornar uma verdadeira chatice, especialmente se nunca se esteve num ambiente Linux. Existe algum esforco para se criar um instalador gráfico. Mas nao chega nem perto dos outros que existem hoje no mercado. Outrossim, a filosofia que esta por trás da criação e distribuição do FreeBSD se baseia completamente no software open source. E, como resultado disso, enquanto algumas empresas desenvolveram instaladores graficos, os desenvolvedores do FreeBSD estão relutantes para fazer o mesmo devido a diferenças filosóficas. O Futuro? Pode estar voando nos ventos do nada! Link para o artigo original (em inglês)
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