RES: [FUGSPBR] Pentium IV ou AMD Athon ?

Ataualpa Albert Carmo Braga atabraga em iqm.unicamp.br
Qui Set 19 08:44:12 BRT 2002


Qd fomos montar nosso cluster pesquisamos o tema. Na epoca, a mais de
um ano atrás, a superioridade do Athlon era latente. Por exemplo,
escrevi um pequeno artigo que logo deve ser publicado (segue trecho
abaixo). Mas a discussão hoje não é tão simples. As comparações que
sites como Tom's Hardware, por exemplo, colocam são feitas para
Windows que usa muito mais inteiro que ponto flutuante na maioria de
seus aplicativos. Talvez observando uns "joguinhos" da' para ter uma
idéia, mesmo assim não pode-se tirar conclusões definitivas, pois,
como o P4 "castrou" seu decoder, quando vc usa um compilador
específico (ou programa adequadamente, o que o pessoal acha mais
difícil :-) que quebra as instruções em "pedaços" menores, o P4 pode
ser uma boa pedida se os preços estiverem parelhos, senão é preferível
um Athlon, que tem clocks menores e é mais eficiente no processamento
por clock (nao confunda com o nome fantasia, tipo 2100, etc, isto é um
revival dos velhos tempos, quando a AMD e Cyrix colocavam seus
processadores não pelo clock, mas pela suposta equivalência com os
produtos da intel).

Novamente, procure os processadores disponíveis no mercado e compare o
"conjunto" (placa mãe, chipset, etc) para aplicações semelhantes às do
seu interesse. Procurar avaliações sobre os processadores topo de
linha não é, na prática, muito útil.

[...]
O Pentium 4 Willamette possui um ``pipeline'' muito extenso, com
20 estágios. Como muitas vezes se têm instruções dependentes sendo
processadas ao mesmo tempo, o processador precisa ``escolher'' quais
destas serão consideradas. Por exemplo, tem-se em certo programa uma
tomada de decisão: se A > B, C = 10; senão C = 0. O processador pode
comparar se A é maior que B ao mesmo tempo que usa um dos resultados
para C (10 ou 0) no decorrer da tarefa. A cada decisão errada, no caso
do Pentium 4, há uma perda de 20 ciclos.

Um ``cache'' L1 é muito pequeno (8K) se comparado ao L1 de um Athlon
moderno (128K), assim o processador a todo momento precisa de dados do
cache L2 e da memória para continuar.  ``Benchmarks'' mostram que
acessos à memória, com dados de tamanho médio de 8K, são bastante
rápidos no Pentium 4, acima disso (16 ou 32K) um Pentium III 650MHz
praticamente empata; os decodificadores extras foram cortados, o que
leva a um consumo muito maior de ciclos para decodificar e processar
as instruções x86 (3 bytes). Por exemplo, uma instrução de 64 bytes
precisaria de 21 ciclos para ser decodificada e mais 21 para ser
processada, em um Athlon ter-se-ia de 7 a 11 ciclos.
 
Mesmo com estas e outras alterações discutíveis na arquitetura, o
número de ciclos que o processador consegue atingir compensa as
deficiências. Esta capacidade de atingir altos ``clocks'' deve-se
em grande parte à técnica empregada de produzir contatos de cobre com
0,13 mícrons. A AMD ainda usa 0,18 mícrons, com contatos por alumínio,
o que dificulta o aumento do ``clock'' sem provocar aquecimento
exagerado.  Atualmente (Janeiro de 2002), enquanto o Pentium 4 baseado
no ``core'' Northwood (com 512MB de cache L2), atinge 2,2 GHz, o
AthlonXP 2000+, com core Palomino (256MB de cache L2), não ultrapassa
1,67 GHz. Mesmo com este diferença por volta de 32\% no número de
ciclos por minuto, o AthlonXP 2000+ consegue ganhar do novo Pentium em
alguns ítens.[...]

on Thursday, 19 Sep 2002 00:37:24, Augusto Flavio wrote:
[...]
> Eu compraria de olhos fechados um athlon XP 2100 .
> 
-- 
 Ataualpa Albert Carmo Braga            atabraga em iqm.unicamp.br
                                        http://www.iqm.unicamp.br
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