[FUG-BR] Hd 4Tb

Joao Rocha Braga Filho goffredo em gmail.com
Domingo Janeiro 30 12:49:29 BRST 2011


2011/1/30 Luiz Otavio O Souza <lists.br at gmail.com>:
> On Jan 30, 2011, at 2:12 AM, Joao Rocha Braga Filho wrote:
>> 2011/1/29 Cleyton Agapito <cragapito at gmail.com>:
>>> Em 29 de janeiro de 2011 13:22, Joao Rocha Braga Filho
>>> <goffredo at gmail.com> escreveu:
>>>> Pensando no limite de 2 TB da MBR, acho que é por isto que não
>>>> lançam HD maior que este tamanho.
>>> ...
>>>
>>> Como a lista é sobre FreeBSD me permiti remover o restante :-)
>>>
>>> Estou tentando acompanhar a thread mas não estou entendendo essa parte
>>> da MBR, essa não é aquale pedacinho de 512 bytes no começo de cada
>>> partição ou de cada disco? Também não captei como o gpart poderia
>>> ajudar, seria fazendo um raid com as partições? Tipo, paliativo,
>>
>> MBR é de cada disco, e descreve quais partições (até 4) existentes no disco,
>> e o setor de boot é no início de cada partição.
>
> Camadas, camadas e camadas....
>
> A BIOS vai procurar pelo MBR no primeiro setor do disco e depois vai executar o bootloader na partição ativa. Nesse ponto, o bootloader assume e executa o SO.
>
> Mas eventualmente (para resolver o problema de só ser possível utilizar 4 partições), o bootloader (que pode fazer parte do SO ou não) pode implementar algumas 'mágicas' por conta própria.
>
> Uma dessas mágicas são as partições extendidas que alguns SOs utilizam: windows, linux e mesmo no FreeBSD, que acabou levando o nome de BSD label (são os 16 'slices' que podemos criar dentro de cada uma das 4 partições definidas pelo MBR).
>
> Para a BIOS, esses formatos extendidos não existem ela vê apenas suas 4 partições primárias e só mesmo o bootloader para saber identificar e trabalhar com a próxima 'camada'.
>
> Aqui tem uma descrição do MBR (como são compostos os 'campos' do MBR nos seus 512 bytes):
>
> http://en.wikipedia.org/wiki/Master_boot_record
>
> E nesse link há mais algumas informações sobre os limites desse sistema:
>
> http://en.wikipedia.org/wiki/Logical_block_addressing
>
>
>> RAID com partições é só inventar bagunça, especialmente no caso que ele
>> quer ter um disco inteiro de 4 GB. GPART é um esquema diferente para
>> definir as partições, creio eu.
>
> gpart(8) é uma (nova) ferramenta do FreeBSD para gerenciar partições:
>
> http://www.freebsd.org/cgi/man.cgi?query=gpart&apropos=0&sektion=0&manpath=FreeBSD+8.1-RELEASE&format=html
>
> Através dessa ferramenta é possível gerenciar vários formatos diferentes de particionamento através de uma interface única (necessário agora que o FreeBSD esta suportando mais e mais arquiteturas, como o port do PPC que vem evoluindo rapidamente).
>
> Logo no inicio do manual há uma lista dos formatos suportados.
>
> IMHO, depois do susto da mudança, o gpart(8) é muito mais simples de se trabalhar que o antigo fdisk(8).
>
> Com o gpart(8) você pode criar um esquema GPT de partições (que vem substituindo a MBR em sistemas modernos).
>
> O que muda ?
>
> Utilizando GPT você terá:
>
>  - Suporte a 128 partições nativas (sem partições extendidas, xunxo, gambiarra ou o que seja);
>
>  - Backup da tabela de partição (o GPT mantém duas cópias da tabela de partição do disco, uma no primeiro setor e a outra no ultimo);
>
>  - Algumas outras pequenas melhorias, como 'label' nativo para as partições;
>
>  - Suporte a endereçamento de 64bits, que aumenta substancialmente o tamanho máximo dos discos suportados.
>
>
>>
>> Um disco de FreeBSD pode não ter partições, se pedir para usar o disco
>> inteiro, como eu faço, mas o Ruindows, e alguns outros sistemas operacionais
>> podem tentar ver o que tem no disco e não entender nada. Neste modo, o
>> que seria a partição FreeBSD ocupa o disco inteiro, e não existe MBR.
>>
>>> xunxo?
>>>
>>> Essa barreira é vencida trocando o sistema para 64 bits? Essa troca eu
>>> já estou considerando já que vou ter que trocar minha máquina urgente,
>>> antes de 2035 :-)
>
> Não existe relação nenhuma com o tipo do 'host' (maquinas de 32 ou 64bits), mesmo no amd64 o MBR é o mesmo - 512 bytes - (bem como suas limitações).
>
> E da mesma forma, o formato GPT funciona em qualquer maquina/arquitetura 32bits.
>
>
>>
>> Tem um bug nos Unix que aparecerá em 2033, que é quando a data passa
>> dos 2^31 segundos desde 01/01/1970 00:00. Se usar sem sinal o problema
>> é adiado para 2107, quando chega a 2^32.
>>
>> Sou à favor de mudar a data para 64 bits, com resolução de micro-segundos,
>> e permitindo datas desde antes de Cristo. Assim teríamos como representar
>> desde 29227102 anos antes de Cristo até o ano 29227102. Acho que só alguma
>> geração muito futura teria algum problema.
>>
>>
>> João Rocha.
>
> João, o time_t é feito para representar horários e datas 'humanas', datas de eventos que nós 'humanos' utilizamos para identifica-los.
>
> Não acho que um 'timestamp' de uso uso generico deva ter 'microsegundos' (qual a data de nascimento dos seus filhos ? você lembra da hora ? do minuto ? do segundo ? e ainda do microsegundo ? heuehuhea)
>
> Quando você precisa analisar eventos rápidos, há outras soluções, como os timers de alta resolução (HPET):

A ideia é poder gravar os arquivos com datas com um microssegundo de resolução.
Um uso para isto? Se você quebrar um vídeo em um bando de imagens separadas,
pode-se usar uma resolução alta de tempo para ser mais um identificador da ordem
das imagens. Outro: A minha câmera Panasonic FZ28 chega a fazer 13 FPS, e na
catalogação surge um problema, pois as imagens ficam na ordem errada, já que
muitas foram tiradas no mesmo segundo.


João Rocha.


>
> http://en.wikipedia.org/wiki/High_Precision_Event_Timer
>
> Assim você tem um pouco dos dois mundos, alta precisão e resolução (se preciso) e datas (timestamps) relativamente simples para todo o resto (resolução de 1 segundo).
>
> Att.,
> Luiz
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>



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