[FUG-BR] Veteranos concordam com postura de jovens profissionais de TI!

Joao Rocha Braga Filho goffredo em gmail.com
Sexta Janeiro 18 14:09:26 BRST 2008


2008/1/18 c0re dumped <ez.c0re at gmail.com>:
> > A terceirização, e a desvalorização dos funcionários como pessoa, tal
> > como ocorre atualmente, está criando gerações de mercenários. Eu
> > soube de casos de gente trocar de trabalho 4 vezes em um ano. Isto
> > é um absurdo. Cadê a fidelidade ao projeto, à empresa etc? E cadê a
> > fidelidade da empresa quantoao funcionário?
>
> Olha, discordo de vc nesse ponto. Fidelidade à empresa ? Fidelidade à
> empresa quanto funcionário ? Na hora que precisarem enxugar a folha de
> pagamento deles, vão te demitir sem pensar duas vezes... é tchau e
> benção.
>
> No meu caso se recebo uma melhor proposta de um concorrente primeiro
> vou a minha chefia e comunico, se eles fazem uma contra-proposta
> decente, eu permaneço na empresa, senão é tchau e benção também.
>
> Fidelidade eu só tenho à minha família, que a qualquer hora que eu
> precisar, sei que posso contar com eles.
>
> Acho que o profissional tem que ir pra onde melhor lhe convir: se a
> questão é financeira, vá para a empresa que paga mais; Se for uma
> questão de realização profissional, fique na empresa que mais lhe
> retorna satisfação profissional.

Acho que não entendeu exatamente a minha crítica. As empresas não
estão tratando seus funcionários, seus profissionais, como pessoa, e
sim, como ferramenta, máquina. Se precisam de alguém com uma
capacidade a mais eles não lhe arranjam treinamento, e sim, te demitem
e arranjam alguém que tenha esta capacidade. Tratam como se fossem
uma simples ferramenta que não se adapta mais a nova necessidade, lhe
descartando como sucata.

É o exagero do sentido de "profissional" que eu critico. E as empresas
acham que o funcionário tem que saber tudo que precisam, que ele
tem que gastar com treinamento por conta própria.  Não pensam em
ter uma carreira para os funcionários, para terem aumentos, incentivos,
conforme eles estudam, e nem fornecer este estudo.


>
> > Eu escrevi um livro de segurança de dados, e dediquei um capítulo a
> > questão de funcionários, pois existem sérias implicações de segurança.
> > Um dos terceirizados pode, e de fato acontece, passar tecnologia e
> > conhecimento para os concorrentes, especialmente depois de ser
> > demitido e ser contratado pelo concorrente.
>
> Profissionais anti-éticos existem por aí aos montes. Esse tipo de
> atitude é completamente abominável. Mas por outro lado, as empresas
> tem que saber valorizar seus funcionários. Muita empresa paga um
> salário mixuruca pro cara que se mata de trabalhar pra eles e ainda
> acham que estão fazendo um grande favor. Se não quer, tem milhares aí
> fora de olha na vaga.

Nem se trata de anti-ética. Parte ocorre assim, mas a ética é com quem?
Com quem está pagandomais no momento? Vai ter ética com quem lhe
deu um pé na bunda por que achou um outro "profissional" para a sua
vaga que receberia um salário menor? Por que achou que o seu pedido
de igualdade de proposta foi um absurdo? Acaba tendo um pouco de
emoção envolvida.

E ainda tem uma outra coisa. Se você desenvolveu um modo de trabalho
em um lugar, e uma outra empresa viu isto e gostou, gostou do seu modo
de trabalho, da forma que você faz as coisas, ela pode lhe fazer uma boa
proposta por isto mesmo, por querer como você faz as coisas. Você está
levando conhecimento de uma para outra.

>
> Infelizmente a maioria das empresas/empresários no Brasil pensa dessa forma.

Concordo. Eles não vêem os seus funcionários como pessoas, e sim como
máquinas, ferramentas.

E isto não é de agora. Basta ver o filme "Tempos Modernos" de Chaplin.


João Rocha.

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