[FUG-BR] [1/2 OFF] Erros não detectados em sistemas de arquivos

Rodrigo Graeff delphus em gmail.com
Sex Nov 4 12:05:02 BRST 2005


Giovanni P. Tirloni wrote:

>Olá,
>
>  Estava lendo a página manual do tune2fs do Linux (calma!) e uma coisa 
>me deixou meio intrigado. Nela a opção -c que define o número máximo de 
>mountagens que o filesystem pode receber antes de sofrer um fsck forçado.
>
>  A justificativa para isso é que problemas com cabos, memoria, discos e 
>bugs no kernel poderiam corromper o sistema de arquivos sem que 
>necessáriamente ele fosse marcado como sujo (dirty). Forçar um fsck 
>depois de um certo número de montagens ajudaria a corrigir isso (se não 
>fosse fatal).
>
>  Primeira questão: o que acontece com uma máquina que tem um uptime de 
>uns 2 anos e onde os sistemas de arquivos foram montados apenas umas 3-4 
>  vezes nos ultimos 3 anos? Com certeza essa opção não ajuda muito. Por 
>dedução eu teria que rebootar meus servidores periodicamente para o fsck 
>pegar algum erro escondido que por acaso aparecesse.
>
>  Não quero me prolongar muito mas verifiquei que o tunefs do FreeBSD 
>não tem essa opção. Talvez porque julguem desnecessária ? É comum esses 
>pequenos erros serem introduzidos por acaso devido aos motivos 
>mencionados (cabo, memoria, cpu, bugs) sem que seja detectado ?
>
>  Pessoalmente nunca tive esse tipo de problema (até onde eu sei, já que 
>são erros não-detectados) mas vai lá saber.. Algum guru em FS'es para 
>acalmar a mente pensativa? :)
>
>Um abraço,
>
>  
>
Cara, faz tempo que nao escrevo nada para a lista, mas apos esta tua 
mensagem, me senti obrigado a opinar, visto que o assunto nao deixa de 
ser um tanto que polemico, eu ja havia me perguntado tal coisa a algum 
tempo atras, acredito que uns 5 anos, epoca que eu ainda usava linux. O 
fato poderia se dar pelo seguinte, depois de ponderar muito, eu cheguei 
a conclusao de que essa opcao foi adicionada por um developer que 
possuia um sistema beta ou alfa rodando e precisava facilitar sua vida 
visto que seu FS seria montado varias vezes devido a seus testes, mas pq 
nao a removeu ? Seria util para mais developers ? Quem sabe. Bueno, como 
de praxe, tenho sempre algo a acrescentar:
Uma vez em um canal de irc, isso ja fazem mais de 5 anos, eu na epoca 
usava linux (nem vale a pena dizer o "sabor" do linux), e levantou-se 
uma discussao a respeito de FS e eu levantei uma bandeira do reiser-fs 
por estar testando a muito tempo e ter me aprofundado em questoes de 
ganho de velocidade / consumo de IO deste FS. Quando comecei a citar as 
features do FS, fui apedrejado por um rapaz de nick "Dump" defendendo o 
Extention2 e que conforme lembro, acrescentou que estava participando de 
um projeto revolucionario que seria o Extention3 onde muitos problemas 
da antiga versao estavam sendo resolvidos e que seria um FS extremamente 
rapido e seguro. Bom, hoje conhecemos o ext3 e quem acha rapido e 
seguro, melhor rever seus conceitos. Vamos la:
1 - Foi baseado no codigo do ext2 (herdou bugs)
2 - Grava seu journal no inicio do disco (gerando IO pois toda vez que o 
journal deve ser atualizado, a cabeca de gravacao do disco rigido deve 
se deslocar ate o inicio do disco para fazer o update, gerando assim um 
desgaste de hardware grotesco, partindo do principio que sua particao 
primaria linuxfs esteja no inicio do disco (sem supor que tu possui um 
windows no inicio do disco). Bom, soh para manter o journal do /var/log 
eu ja ficaria encucado demais.
Meu amigo Dump, que eh um cara muito famoso no meio linux mas que nao 
citarei o nome, afinal de contas todo mundo erra, em uma oportunidade de 
nos vermos cara-a-cara nao soube explicar o porque dos problemas 
levantados por mim, ficando na mesma que ficou na epoca que defendia o 
reiser-fs, mesmo tendo participado da "construcao" do ext3.

Isso eh uma critica e nao um ataque, nao estou aqui querendo desmerecer, 
estou querendo apresentar novas informacoes para que cada um faca a sua 
avaliacao.

Abracos,



-- 
Rodrigo Graeff
delphus em gmail.com
icq: 9636816


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