[FUG-BR] anti-vírus Clamav

Joao Rocha Braga Filho goffredo em gmail.com
Quarta Fevereiro 11 13:04:26 BRST 2009


2009/2/11 Vladymir Bezerra <vlad.bezerra at gmail.com>:
> Minha intenção com esse post foi simplesmente desmistificar a idéia
> de que não existem/comportam viruses para unixes. Como disse
> anteriormente a incidência é, digamos, irrelevante. No flames.

Uma grande diferença, que dificulta em MUITO a existência de vírus e
outros malwares nos Unixs, é como os desenvolvedores e mantenedores
de versões de sistemas, de programas etc, encaram o desenvolvimento
e os recursos que vão implementar. Em geral são muito mais conseqüentes,
pensam nas conseqüências, antes de implementarem qualquer coisa.  É
esta seriedade de trabalho que faz com que os malwares sejam
praticamente inexistentes nos Unix.

Um certo sistema não encarava da mesma maneira, e atualmente ainda
sofrem para desenvolver segurança, mas ainda estão apredendo e
penando com as coisas que já fizeram antes de forma irresponsável.
Um exemplo foi o ano de 2001 que foi um verdadeiro inferno para este
sistema, gerando o e-mail de 14 de Janeiro de 2002, enviado a todos os
funcionários, pedindo a mudança de enfoque, de facilidade de uso para
segurança. Este e-mail é encarado por alguns como atitude desesperada,
por outros como hipocrisia, por outros como o primeiro passo de uma
jornada MUITO longa de um caminho que se desviaram a mais de uma
década antes. Eu vejo como um misto disto tudo.

Um exemplo clássico era o boato chamado "Good News" que circulava no
início da década de 90, que falava que se abrisse um e-mail com o título
de Good News o seu computador seria infectado por um vírus. Ou seja,
o conceito de vírus se espalhar por e-mail já existia, mesmo como piada,
mas esta empresa implementou no seu sistema lançado em 24/08/1995
as ferramentas para que isto se tornasse verdade. O programa de e-mail
que veio com este sistema, quando recebia como anexo uma imagem,
ele a abria, quando era um documento abria o editor de texto, e quando
era um programa executável... Sim... Parece muita ingenuidade.


João Rocha.




>
> []s
>
> 2009/2/11 irado furioso com tudo <irado at vfemail.net>
>
>> Em Tue, 10 Feb 2009 20:53:37 -0300
>> Vladymir Bezerra <vlad.bezerra at gmail.com>, conhecido consumidor de
>> drogas (BigMac's com Coke) escreveu:
>>
>> > Sabemos que a incidência de virus é de rara a nula, mas dizer que não
>> > comportam virus já
>> > não está de acordo com a realidade.
>>
>> contudo, são necessárias condições basicas USUALMENTE não encontradas,
>> se o Admin for alguém que se preocupe com as coisas; não estar como
>> ROOT é uma delas, mas não a única. Destaco:
>>
>> / quote
>> "A few years ago Tom Duff created [...]. When the
>> program was executed, it searched the current directory,
>> subdirectories, /bin, /usr/bin for writable, uninfected files and then
>> infected them if there was enough space."
>> / unquote
>>
>> embora não sendo impossível ACREDITO que seria bastante dificil a
>> execução dessa ação (descrita) se vc não for root, unico que tem acesso
>> a todo o sistema. Isso NÃO implica que o usuário convencional esteja
>> livre de alguma praga.
>>
>> o (primeiro) link nos mostra a seguir os "binary executables", que não
>> desmente o que já disse, depois discorre sobre o ELF; novamente
>> insisto: seria necessário ou que o root cometesse ações inseguras ou
>> então que, por exemplo, um repositório de atualização estivesse
>> previamente "contaminado". Claro, isso NÃO É impossivel, há um ou dois
>> anos tivemos isso acontecendo dentro da comunidade Debian (e foi ação
>> insegura do(s) root(s) dos servidores containados).
>>
>> O artigo finaliza:
>>
>> /quote
>> How to spread?
>> As stated earlier, it is one thing to write a virus, it is another to
>> deploy it: seed the infection, and have it spread. A channel (or a
>> mechanism) used by virus to spread is called a vector. There is no
>> dearth of potential vectors on Unix (for example, buffer overflow
>> vulnerabilities).
>> /unquote
>>
>> então aqui cabe o destaque - ultima frase: "Não há falta de vetores
>> potenciais no Unix ( por exemplo vulnerabilidades de estouro de pilha").
>> Acontece que (acho que estou em loop) isso implicaria em programa
>> malicioso que buscasse/utilizasse essa vulnerabilidade, onde voltamos
>> (aqui o loop) ou a atitudes inseguras do adminstrador ou a contaminação
>> dos servidores de onde teriam vindo esses programas maliciosos.
>>
>> Então IMHO, mesmo existindo viruses/programas maliciosos para Unix,
>> estes são rarissimos, quase curiosidade de laboratório e, dadas as
>> caracteristicas do SO, praticamente impossivel sua disseminação
>> descontrolada.
>>
>> de qualquer forma, seguro morreu de velho e cautela e caldo de galinha
>> não fazem mal a ninguém.
>>
>> ps: embora tenha lido o segundo link, não me detive a comenta-lo porque
>> uma frase lá nos remete a toda essa peroração (acima, novo loop):
>>
>> "This document describes how to write parasitic file viruses infecting
>> ELF executables."
>>
>>
>>
>> é mais ou menos como uma conferencia de pseudo-hacker's que assisti de
>> certa feita, em que um jovem mostrava como assumir a personalidade de
>> outro usuário sem usar o "su -"; o detalhe é que ele PRECISAVA estar
>> como root, na ocasião, para poder alterar alguns scripts. Risos.
>> Encontra-se de tudo, no mundo.
>>
>> as empresas que produzem viruses - err.. sorry, anti-viruses -
>> adorariam tivessemos pragas similares no mundo *nix como se tem em
>> outra plataforma. Se isso fosse REALMENTE possivel, já o teriam feito,
>> com MUITO alarde, uma vez que a base fundamental em servidores, aqueles
>> que realmente importam, ou são *nix ou são mainframes. Pergunte ao seu
>> banco.
>>
>> --
>>  saudações,
>>  irado furioso com tudo
>>  Linux User 179402/FreeBSD BSD50853/FUG-BR 154
>>  Não uso drogas - 100% Miko$hit-free
>> O marido enganado é um homem que se engana a respeito da mulher que o
>> engana.
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