[FUG-BR] Mayhem — A New Malware Targets Linux and FreeBSD Web Servers

Fábio de Sousa fabiocs em gmail.com
Sexta Julho 25 14:15:41 BRT 2014


Olá Patrick,

Respeito e muito sua opinião!
Mas ainda entendo que Kurumin e Ubuntu tem seus méritos!
Também acredito que usuário final não tem obrigação de saber todo processo
de construção de um sistema operacional para usá-lo! Usuário final quer
facilidade, quer tudo a mão!
Agora se o cara fala que é especialista ai sim.. tem obrigação de dominar!
Concordo com o foco do Kurumin e também com o foco do Ubuntu.
Concordo também quando vc diz que o cara fala é que Profissional da área e
muitas vezes só usa linux com interface.
Entendo que seja focos diferentes e na minha são válidos!
Mas enfim, fazemos parte de uma comunidade que prega o livre conhecimento e
arbítrio para usar o que bem deseja e isso é o que interessa.

Abraço a todos,
  ~   *| Fábio de
Sousa
*
 .ºvº. *| Téc. Inf.*
/(_)\ | *Seja livre, use LINUX*
.^.^. | *Socialmente justo, economicamente viável e tecnologicamente
sustentável*







Em 25 de julho de 2014 13:58, Patrick Tracanelli <
eksffa em freebsdbrasil.com.br> escreveu:

>
> On 25/07/2014, at 12:55, Fábio de Sousa <fabiocs em gmail.com> wrote:
>
> > Senti uma irônia no comentário do nosso amigo ou estou enganado? "Efeito
> > Ubuntu", "kuruminização".....
> > Eu uso FreeBSD, linux, testo todas as distros!
> > Me desculpe amigo, mas no meu entendimento, qualquer movimento de
> software
> > livre, que venha disseminar o conhecimento e abrir novo horizontes é
> > válido!
> > Respeito sua opinião, mas não concordo!
> >
>
> Eu acho que não era essa a intenção original do e-mail do Helio, e sim
> sobre o worm em si.
>
> Mas se formos entrar nessa discussão em específico, eu consigo ver o lado
> positivo da Ubuntuzação do Linux ou a tentativa similar do PC-BSD. Isso
> permite que minha irmã, minha vó, sua mãe, usem software livre sem ter uma
> curva de aprendizado impactante, ao invés de usarem Windows ou Mac OS. Isso
> é bom pra escolas, pra comunidade em geral, colocam o SL como alternativa
> de fato a SOs proprietários de usuários finais. E ponto. Isso dito, não
> vejo outra vantagem.
>
> Sob uma ótica de profissionais de TI minha posição muda. Acho detestável,
> me incomoda. Conheci escolas que ensinam “Linux” com Ubuntu, conheço
> “profissionais” com “experiência” em Ubuntu, e no entanto nunca
> configuraram o X uma vez na vida, na unha. Nunca colocaram o icewm ou
> enlightenment ou blackbox ou sequer windowmaker pra subir sozinho. Nunca
> editaram um rc pra gerar ícones no desktop. E to focando so em coisas de
> Desktop, sem nem querer me estender a compilação de kernel, ou sequer
> instalação de um software na unha.
>
> Nego adora sair dando apt, dpkg, e ver as coisas instaladas sem problemas
> e sem trabalho. Ou as vezes pior, vai pela interface gráfica do ubuntu
> mesmo. E pior, agora que o “pkg” no FreeBSD ficou bom, funcional, muito
> melhor que o pkg_tools vejo gente preferindo cada vez mais dar “pkg install
> xyz” e esperar tudo se resolver sozinho do que meramente compilar por ports.
>
> Por incrivel que pareça "make menuconfig” pra um novo “profissional Linux”
> não é algo obvio. Boa parte deles não sabe o que isso faz nem onde se da
> esse comando nem com que objetivo. As vezes pior, um mero ./configure
> --alguma-coisa ; make ; make install passa a ser algo do dia-a-dia dessa
> nova geração que instala pacotes prontos e sai usando.
>
> Cada vez é mais comum gerações de profissionais de TI que tem Linux no
> curriculum mas nunca recompilaram seu próprio kernel e ou nem sequer usam
> um único software em sua maquina pessoal que foi compilado por eles mesmos.
>
> Como é que um cara desses vai diagnosticar problemas quando eles surgirem?
> Como é que um cara desses vai sequer usar o X com gnome/kde no FreeBSD se
> não vier pronto?
>
> Agora eu pergunto, da nova geração de Linuxers alguém conhece algum que
> consiga instalar um qmail na unha? qmail com vpopmail que seja? E que
> quando o qmail-start não sobe consegue diagnosticar?
>
> São cada vez mais raros.
>
> Olha a comunidade Debian brasileira da década passada, quantos novos
> empacotadores Debian surgiam todos anos, contribuindo, ajudando, metendo a
> mão. Olha na década atual a taxa de crescimento de contribuidores na mesma
> função.
>
> Curioso que a user-base de Linux aumentou mas da comunidade que suporta,
> não aumente mais como era na década passada.
>
> Veja quantos novos commiters de source e ports entravam no FreeBSD antes,
> e veja hoje. Vejam quantos novos contribuidores de Linux faziam coisas
> legais, criavam novos projetos de SL antes, e quantos contribuem hoje.
>
> Veja o historico de commits no source do Linux e procure novos nomes la.
> Mesma coisa pros empacotadores Linux, commiters de source FreeBSD ou ports.
>
> Tem renovação claro, mas a taxa hoje é muito menor. Com uma userbase cada
> vez maior. Que sentido isso faz?
>
> Eu preferia muito mais uma época em que um novo usuário Linux instalava
> slackware, debian, e apanhava feito cão pra fazer o básico. Não pq eu sou
> sádico e adoro ver o sofrimento alheio. Mas pq o cidadão aprendia… e depois
> de apanhar e aprender, sabia fazer de novo com a mãos atadas e o principal,
> conseguia ajudar / diagnosticar, escrevia blog posts ou artigos sobre as
> formas geniais que ele usou pra resolver seus problemas.
>
> Hoje essa “formação natural” não existe mais nas novas gerações. Até o
> debian ficou mais fácil, mais pronto. FreeBSD com o novo pkg de alguma
> forma (ainda saudável, ao meu ver) segue esse caminho. É estranho dizer que
> as vezes o pkg_tools da saudade, mas é bom ver coisas não funcionando pra
> você poder arrumar sozinho.
>
> Aqui na FreeBSD eu e o Jean brincamos que vamos montar um “curso de macho”
> onde o cidadão vai ter que passar uma semana mandando e lendo e-mail por
> telnet. Navegando na web por telnet, editando texto com vi (não vim) na
> segunda semana a gente deixa ele ir pras facilidades de poder usar mail com
> fetchmail, lynx, depois evoluir pra mutt, pine, quem sabe até um links. Só
> então poder usar vim, ee, pico, nano. Mas sem mceditor hehehe. Se quiser
> usar twitter terá que ser na CLI, gtalk, google drive.
>
> E depois de um mês de introdução ao curso de macho poderá instalar o X e
> usar blackbox. Poderá ter ícone e até uma dock alternativa tipo idesk.
> Depois icewm, depois wm. E quem sabe um dia KDE, gnome ou até Unity. Mas ai
> será por escolha própria, por opção.
>
> Ha 10 anos atrás isso seria desnecessário. Usar pine, mutt, fetchmail no
> cron seria algo obvio e intuitivo.
>
> Saudade de quando usar BitchX e X-Chat era lamme. E fodao era usar epic
> com rotinas proprias ou um cliente que voce mesmo fez, escrito em Erlang ou
> Perl com Net::IRC (DEAD SINCE 2004 hehe).
>
> --
> Patrick Tracanelli
>
> FreeBSD Brasil LTDA.
> Tel.: (31) 3516-0800
> 316601 em sip.freebsdbrasil.com.br
> http://www.freebsdbrasil.com.br
> "Long live Hanin Elias, Kim Deal!"
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